Resolvi pensar em autonomia, o que seria isso?
Ao pensar em tal palavra já associamos a idéia de liberdade. A nossa existência depende das relações, ou seja, nos enxergamos através dos encontros, onde podemos afirmar territórios existenciais de forma singular, lógico que não só. Pode-se dizer então que ser autônomo é ser totalmente dependente e comprometido com o outro, ou seja, estabelecer relações de trocas.
Ao olhar o jornal é nítido que a resolução dos problemas que surgem na sociedade acontecem através de proibições junto com introjeção do medo e não através das trocas entre o coletivo, que oferecem formas criativas de resolvê-los. Estas estão caindo em desuso devido à privatização das relações.
Portanto, esta historia "sou auto-suficiente e não preciso de ninguém" é uma grande balela do mundo contemporâneo, que nos vende cada vez mais formas de vida privatizada, o que faz as relações com o coletivo e com o público se deteriorem, e também nos homogeneizarem. Desta forma o cuidar de si é se comprometer com as relações que estão em torno, é poder olhar pro outro não com medo e conseguir estabelecer trocas, não quero aqui criar uma formula pronta, mas também não posso ser indiferente a tudo isso que ocorre e quando vejo já estou dentro sem saber.
O que estou tentando dizer com estas palavras é que estou cansada de ficar com medo de bater na porta do meu vizinho para pedir algo porque acho que vou atrapalhá-lo, ou de ficar intimidade quando preciso ir ao médico, de não ligar para um amigo quando preciso dele porque me sinto culpada de atrapalhá-lo a assistir o seu programa favorito de TV, ou de ficar irritada porque alguém atrapalhou minha rotina interferindo de alguma forma.
"Existe uma ecologias das idéias danosas, assim como existe uma ecologia das ervas daninhas." Gregory Bateson... Suavise e intesifique...Trago aqui tudo que me causa interferência as minhas queixas, as minhas escolhas, enfim tudo que me conforta e me alucina.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Cada minuto produz instantes eternos, pedimos para não sermos injustos, mas o que há de fazer, os sentimentos se afloram e ficam confusos. O negocio é se entregar a eles?
Se o que desejássemos fosse consciente!!!!
Ai! como a vida seria chata, tudo seria previsível, faríamos tudo racionalmente certo, o que nos dexariamos vazios, ocos.
Cada hora lanço uma estratégia para lidar com a minha imprevisibilidade, uma que pensei hoje é entregar-me a ela. Tenho certeza que amanha criarei outra e depois de amanhã outra e assim por diante e todas darão certas.
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